Por Luiza Martini, sócia e proprietária da Casa do Vinho
– Famíglia Martini
Há algum tempo,
temos acompanhado uma tendência de busca por identidade própria para os vinhos,
fugindo da globalização.
Muito se falou que os vinhos estavam perdendo suas
características únicas, suas digitais e ficando cada vez mais parecidos. Alguns produtores passaram a investir em uvas
nativas e até mesmo no
resgate de uvas quase extintas ou esquecidas.
Houve um
fortalecimento da produção das uvas locais e investimentos para que estes
vinhos até então desconhecidos pudessem ganhar visibilidade e expressão. Mas, muitos países não são como a Itália ou
Portugal que contam com uma enorme variedade de vitis viníferas e, mesmo assim,
alguns produtores buscam por uma forma de se diferenciar.
Apenas o terroir, nem sempre garante a
exclusividade.
Como,
então, ser diferente? A tendência agora é uma pratica arriscada: o uso
de leveduras nativas. O uso de leveduras comerciais ganhou o mundo pela
garantia que o processo de fermentação ocorreria até o final, que os resultados
da fermentação seriam os desejados.
Hoje em dia isso é possível, pois
laboratórios indicam a melhor levedura para determinado tipo de uva em
condições especificas de vinificação.
Uma vez que
não se tem completo controle do resultado do trabalho das leveduras nativas, e
até mesmo, se a fermentação se completará, a nova pratica é um risco. Mas, se
tudo der certo, chega-se ao objetivo: um vinho com digital, único.
Alguns
produtores até já estampam em seus rótulos: ‘Native Yeast’, ‘Wild Yeast’ ou
‘Wild Ferment’.
Nesta busca pela diversidade, ganhamos nós, apreciadores do
vinho! Tim tim!
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